Mar 26, 2011

Nada de política


Ontem desfrutei de uma grande peça de ballet, interpretada pela Companhia Nacional de Bailado (CNB), no Teatro Camões. A obra teatral de Shakespeare, Romeo e Julieta, inspirou ao grande músico soviético Prokofiev para compor a excelente e dramática música que acompanha o ballet. O envolvimento pessoal e o carinho pelos caracteres da peça - além da visível qualidade artística e técnica, da realização e organização em palco--  dos elementos do CNB, conseguiram que o público rise, gozasse, chorasse, e se apercebesse em primeira pessoa sobre a tragicomédia shakesperiana. Os bailarines, principais e secundários, deram todo o seu ser. O início, o primeiro acto, foi vibrante, talvez por isso eu senti --isto pode ser o único invonveniente-- que a peça foi de mais a menos em intensidade, embora isso pode ser pelo meu cansaço acumulado em toda a semana. Calculo que fui a única pessoa que fechou os olhos em alguma ocasião. O aplauso final durou sobre dez minutos. Não deixem de ir, se tiverem a oportunidade. Todos os ingredientes únicos do teatro de Shakespeare, com toda a emoção de um ballet puro e magistral em técnica. Estou a descubrir que neste tipo de peças teatrais adaptadas ao bailado (eu não sou grande fã do ballet, ou pelo menos até ontem) a dança substitui a expressão da palavra, e conseguir fazer isso com excelência é algo que vale a pena gozar.

1 comment:

  1. Anonymous25/5/11 18:06

    Quem é que te leva a ver coisas bonitas ...

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